Entrevista: Eliane Quintella

Olá Pessoal!Hoje trago uma entrevista com a autora parceira do blog, Eliane Quintella.

-Bem,primeiramente,falem um pouco sobre você Eliane.
Eu sempre gostei de escrever, desde menina mesmo. Acho que já nasci com essa vontade. É muito louco, sabe? Desde pequena eu escrevia para o jornal do bairro em que morava, também adorava ler minhas redações em voz alta para a classe toda no ginásio, além disso eu confeccionava meus próprios livros e os exibia com gosto para minha família. Na minha infância também eu assistia a muitos filmes de terror e suspense, influência maravilhosa do meu pai. Foi também meu pai que me emprestou os primeiros thrillers para eu ler. A vida caminhou. Escolhi cursar direito, pois para minha grande decepção não existia uma faculdade em que eu poderia me tornar escritora, além disso sempre fui meio justiceira. Adorei direito, sempre gostei muito, mas um dia eu quebrei o punho e fui obrigada a ficar de molho em casa. O que eu fiz? Escrevi meu primeiro livro (sim! meus dedinhos conseguiam digitar) e foi nesse momento que meu amor pela escrita gritou mais alto e após um ano (exatamente quando publiquei Pacto Secreto) eu pedi demissão da empresa que trabalhava e me lancei na carreira de escritora. Agora venho experimentando finalmente o que é ser escritora, sonho que carregava comigo desde menina e que virou realidade.É interessante observar que PACTO SECRETO é um livro que tem enorme influência da minha infância, pois, como eu disse, pela influência deliciosa do meu pai (quantas saudades) eu adorava suspense e também terror e a figura do diabo sempre encantou a gente, é claro, que meu primeiro livro não poderia fugir disso.
Agora para falar um pouco da Eliane que não é escritora é difícil pois geralmente a gente não se enxerga como o mundo nos vê. Acredito que eu seja leal aos meus verdadeiros amigos e a minha família, honesta, curiosa, sincera (talvez até demais), corajosa, um pouco teimosa, não, muito teimosa, também sou dramática, apesar disso aguento bem a pressão, sou emotiva, mas não levo as coisas para o lado pessoal, gosto de seguir minha vida do meu modo, acho que a pior traição é trair a si mesmo, odeio receber ordens e liberdade para mim é fundamental, quase tão importante quanto minha vida. Sou nerd, amo cachorro e criança, meu prato predileto sempre foi brigadeiro, adoro correr, se fosse prático e fácil aprenderia a surfar, pois adoro o mar, não curto multidões, gosto de lugares vazios, aliás gosto de ficar sozinha, se pudesse passava boa parte do dia sozinha para escrever e escrever. Acho que esse é um bom resumo a meu respeito!


-Quando decidiu que queria ser escritora? 
Puxa, acho que acabei respondendo a essa pergunta na resposta anterior… A verdade é que acho que já nasci com essa vontade.

-E a sua família te apoiou nessa escolha? 
Minha família sempre achou que eu escrevia muito bem, mas, quando resolvi largar minha carreira de advogada para ser escritora, eu assustei muita gente, o que foi natural. Sabe, a verdade é que eles ficaram preocupados comigo, queriam saber se eu tinha noção das dificuldades que enfrentaria, tinham também um pouco de dó de verem eu largar um bom emprego etc e tal. Eu compreendi que era pura preocupação por gostarem de mim. O importante é que depois que perceberam que era para valer deram o maior apoio. 

-De onde surgiu a ideia para escrever pacto secreto?
Como eu disse, eu nasci com uma vontade louca de ser escritora. Por outro lado, meu amado pai me colocava para ver filmes de terror e suspense (A profecia, O Retrato de Dorian Gray, Um corpo que cai, Janela Indiscreta, Festim Diabólico entre outros), me emprestava livros de mistério (especialmente da nossa dama do crime: Agatha Christie), incentivando-me, ainda que sem saber que o fazia, a curtir esse tipo de história. Toda essa influência aparecia nas minhas primeiras histórias, aparecia nos meus desenhos da escola... Naquela época a Adriana Varejão não fazia sucesso e as professoras de arte não sabiam muito bem como receber desenhos de sangue e facas
O personagem Diabo sempre me fascinou e Pacto Secreto foi o resultado natural de tudo isso. Se meu pai estivesse vivo, tenho certeza que teria curtido a história. Ele se amarrava nesse tipo de coisa. É uma pena que ele faleceu antes que eu resolvesse me enveredar por esse caminho. Quem vai saber? Talvez tudo isso seja novamente inspiração dele, esteja ele onde estiver.

 -Cite um trecho favorito do livro. 
Difícil de novo! Mas gosto dessa parte que é uma parte de uma fala do enviado:  

 "Vidas são desperdiçadas porque as pessoas se recusam a viver plenamente, a seguir sua própria vontade. Há algo mais sagrado do que sua própria essência? Você nunca deveria violá-la e, ao contrário, vemos isso todos os dias. Pessoas se violando, negando quem realmente são, adaptando-se a padrões de uma sociedade hipócrita. E para quê? Por quê? Você percebe como os padrões cristãos e morais podem ferir sua própria essência".

 - O que é ser escritora pra você?E qual a parte mais difícil dessa profissão?
Ser escritora para mim é poder criar meu mundo, minhas histórias, ser uma pequena deusa do meu próprio universo particular. Eu amo ficar viajando, escrever e escrever.
O escritor é naturalmente introspectivo, ele se fecha em seu mundo e cria aquilo que quer. Hoje em dia o escritor também precisa sair de sua concha e se mostrar ao mundo, precisa saber se lançar, se divulgar, se elogiar, para ser muito sincera eu odeio isso. Para mim é dificílimo e reconheço que sou péssima nisso!


-Além de terminar de publicar a continuação de Pacto Secreto você tem algum novo projeto que possa nos contar?
Sim, muitos projetos rolando na minha cabeça! Já estou escrevendo meu quarto livro que é um suspense com uma pitada de sobrenatural. Crimes acontecem e nesse meu novo livro o leitor terá que descobrir se a protagonista é esquizofrênica, assassina ou se existe uma força do mal por trás de tudo.

-Você gosta de ler que tipos de livros?
Meu gênero predileto é suspense, mas  é até injusto dizer isso, pois por qualquer livro bem escrito e inteligente, não importa o gênero, eu realmente me apaixono.    

-Cite alguns de seus autores favoritos . 
Clarice Lispector, Nelson Rodrigues, Agatha Christie, José Saramago, Ayn Rand, são tantos que é difícil escolher...

-O que você diria para aqueles que querem ser escritores no futuro ? E como lidar com esse sonho?
É preciso que realmente você ame escrever. Se você já tem esse amor, metade do caminho está completado. Para outra metade, eu recomendo que você realmente se desprenda de quaisquer amarras para que possa escrever boas histórias, não se esqueça que o escritor é um artista. E, finalmente, que não se coloque como "vítima do sistema", ao invés de perder tempo com isso, lute de verdade pelo que quer.
 -Obrigada pela entrevista Eliane e desejo muito sucesso para você. E, se não for incomodo, deixe uma mensagem para os leitores do blog. Sou eu quem te agradeço pela entrevista maravilhosa! Aos leitores do blog eu agradeço pelo interesse na leitura e os convido a viajarem comigo na história do PACTO SECRETO! 

3 comentários:

  1. Super legal a entrvista!
    Não a conhecia!
    Beijos
    Rizia - Livroterapias
    http://livroterapias.blogspot.com.br/

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  2. Parabéns pela entrevista Jessy! Já li o livro da Eliane Quintella, Pacto Secreto, e curti bastante. Beijo!

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  3. Ainda não conheci o trabalho da autora
    Mas a entrevista foi muito boa

    Beijos
    @pocketlibro
    pocketlibro.blogspot.com.br

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